

Persepolis vai buscar o nome a antiga capital do Império Persa. É impressionante e imperdível o filme de animação que o Festival de Cinema Francês apresentou em antestreia no Cinema S. Jorge, e que foi este ano premiado pelo Júri em Cannes. Adaptação cinematográfica da banda desenhada da mesma autora, Persepolis foi idealizado e é protagonizado por Marjane Satrapi. A escritora recorda a sua infância iraniana magoada pela revolução e a guerra, o conflito interior de uma menina entre os tabus do seu país e o respeito pelos seus costumes, e os antagonismos relativos à sociedade ocidental que fizeram com que ela, como muitos outros, deixasse o seu país natal por um e só um factor: o medo.
A Sony Pictures Classics encarregou-se de transformar a bd numa animação irrepreensível maioritariamente a preto e branco, com um grafismo fantástico, uma banda sonora a condizer e um humor extremamente apurado. É um drama que é comédia, um conto que é facto, de uma história que é História. Como Persepolis.