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segunda-feira, junho 13, 2005

Temporada de Pecados

Viva o México.

Temporada de Patos é um filme feito com um orçamento pequenino pequenino mas muito divertido (não quero ouvir a pergunta "porque é que os filmes baratos não podem ser divertidos?"). A quasi-sitcom que de com só tem metade, é um hino à libertação do sofrimento e uma homenagem à felicidade. O preto e branco dá-lhe aquele toque artsy independente que pessoalmente cada vez me agrada mais e o sotaque mexicano é uma razão para ver um filme que dá um sopro dos costumes, praticamente desconhecidos para nós portugueses e europeus, na america central e do sul (também não me apetecia ouvir falar outra vez do GGM, sim hoje estou cansado). A verdade é que este filme me atraiu pelo simples facto de ser Mexicano, gostava de uma futura Latin-American Invasion que não incluísse Miami ou Shakira (pronto, a Shakira pode ser). Também gostei de ver enquadramentos a que no outro dia ouvi chamar de mal enquadrados mas com um aesthetic-appeal muito forte; a parede pode ser um motivo. Façam-me um favor, vão ver...
Acho que já se tornou perfeitamente claro que há pessoas que não deviam ir ver o Sin City, é que na minha "(falsa)modestia" opinião o filme está muito bom, têm o carisma necessário. Eu não gostava muito do Robert Rodriguez, achava-o um filho da puta dum convencido, mas vendo bem ele faz o que gosta e fa-lo competentemente... Sin City é um filme gore baseado nos romances gráficos de Frank Miller, e Frank Miller co-realiza o filme com RR. Tendo em conta que o autor das obras originais ajuda na realização podemos tirar duas conclusões absolutamente díspares: ou ele não confia no Robert Rodriguez o suficiente para o deixar dirigir, ou tem um desejo enorme de ver as suas obras vivas com a ajuda de alguém capaz. Quem viu coisas como Desperado e From Dusk Till Dawn sabe que um mundo violento, feio, porco, e mau como o de Sin City, pode muito bem ser dirigido por quem foi, vivam as mãos a cair, vivam as cabeças a rolar, vivam os esguichos intermináveis de sangue e as inúmeras capações Viva! Quentin Tarantino põe obviamente lá o dedo, os clichés do film noir são óbviamente dominados por aquele que domina todo e qualquer género de cliché cinematográfico e que gosta tanto do que é eruditamente bom como do que é popularmente apelativo (o que é que distingue uma coisa da outra? Qual é o conceito de qualidade?). Há um crítico do Público que diz que este filme não deve ser elevado à profundidade de Pulp Fiction, e a melhor razão para desconsiderar essa mesma crítica é que foi escrita por alguém que achou o filme profundo quando o próprio título do filme diz que não há profundidade alí... Já está grande demais não está?
Cada vez mais me irrita mais a desconsideração artística pela ciência... fica para a próxima.


Queens Of The Stone Age - God

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Na minha temporada também passaram uns patos (mas os bons patos são aqueles que ficam). Falando agora de "filhos da puta de uns convencidos", eu considero que Robert Rodriguez tem qualquer coisa que te seduz! Que me dizes? ai simão, simão...

12:16 da tarde  

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