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quinta-feira, março 17, 2005

Seja bem-vindo ao mal dizer.

«Ora Viva!
Ao que parece nos dias que hoje decorrem vivemos todos numa aldeia global, temos fisiologia, emoções e muito mais em comum devido a nossa referência ancestral, somos todos seres dotados de razão mas o que tem mesmo piada é dizer mal.
Podia criar mais uma rubrica de culto de seu nome, “Não é nada fácil não dizer mal”, ou melhor ainda, “Não é nada fácil fazer algo que seja considerado bom, sem recorrer ao mal”. Não é todos os dias que uma pessoa se sente com capacidades, mas hoje só e somente para si António aqui vai.
A cada vez mais uma imensidão de protótipos de comediantes que fazem palhaçadas que ultrapassam o limite do ridículo, caindo no ordinário, não é no brejeiro, digo mesmo ordinário. Esforçam-se a todo o custo por fazer soltar uma gargalhada, tendo mais em vista o fazer rir do que o falar com decoro ou evitar fazer sofrer quem é objecto do seu deboche.
Como o que é ridículo se encontra por todo o lado, e a maior parte das pessoas tende a achar graça á parodia e ao gozo mais do que se deve, os que fazem as palhaçadas mais divertidas são tidos como sofisticados.
Será que quem conta uma boa piada pode ser definido por não dizer o que é inconveniente para uma pessoa de bom gosto, ou antes, por não vexar o que as esuta, talvez somente por conseguir fazer rir? Ou será que isto não pode ser definido, porque o odioso e hilariante diferem de pessoa para pessoa? O mesmo se passa a respeito das piadas que alguém preparado para ouvir de si próprio. As piadas que alguém consegue ouvir de si são as mesmas que consegue contar a seu respeito.

Será que se pode mesmo brincar com tudo? Claramente, meu caro claramente.
O comediante é dominado pela dimensão cómica de existência e não se poupa a si nem aos outros, quando se trata de fazer rir.
E segundo publicações recentes doo grande Simontarantino e o não menos enorme Duarte ramada curto, o humor é um factor que aumenta o índice de propagação do património genético do indevido nas gerações futuras, e digam o que disserem o propósito final da nossa estadia material neste planeta é a reprodução.

Seja bem-vindo!»