Viva o México.
Temporada de Patos é um filme feito com um orçamento pequenino pequenino mas muito divertido (não quero ouvir a pergunta "porque é que os filmes baratos não podem ser divertidos?"). A quasi-
sitcom que de
com só tem metade, é um hino à libertação do sofrimento e uma homenagem à felicidade. O preto e branco dá-lhe aquele toque
artsy independente que pessoalmente cada vez me agrada mais e o sotaque mexicano é uma razão para ver um filme que dá um sopro dos costumes, praticamente desconhecidos para nós portugueses e europeus, na america central e do sul (também não me apetecia ouvir falar outra vez do GGM, sim hoje estou cansado). A verdade é que este filme me atraiu pelo simples facto de ser Mexicano, gostava de uma futura
Latin-American Invasion que não incluísse Miami ou Shakira (pronto, a Shakira pode ser). Também gostei de ver enquadramentos a que no outro dia ouvi chamar de mal enquadrados mas com um
aesthetic-appeal muito forte; a parede pode ser um motivo. Façam-me um favor, vão ver...
Acho que já se tornou perfeitamente claro que há pessoas que não deviam ir ver o
Sin City, é que na minha "(falsa)modestia" opinião o filme está muito bom, têm o carisma necessário. Eu não gostava muito do Robert Rodriguez, achava-o um filho da puta dum convencido, mas vendo bem ele faz o que gosta e fa-lo competentemente...
Sin City é um filme
gore baseado nos romances gráficos de Frank Miller, e Frank Miller co-realiza o filme com RR. Tendo em conta que o autor das obras originais ajuda na realização podemos tirar duas conclusões absolutamente díspares: ou ele não confia no Robert Rodriguez o suficiente para o deixar dirigir, ou tem um desejo enorme de ver as suas obras vivas com a ajuda de alguém capaz. Quem viu coisas como
Desperado e
From Dusk Till Dawn sabe que um mundo violento, feio, porco, e mau como o de
Sin City, pode muito bem ser dirigido por quem foi, vivam as mãos a cair, vivam as cabeças a rolar, vivam os esguichos intermináveis de sangue e as inúmeras capações Viva! Quentin Tarantino põe obviamente lá o dedo, os
clichés do
film noir são óbviamente dominados por aquele que domina todo e qualquer género de
cliché cinematográfico e que gosta tanto do que é eruditamente bom como do que é popularmente apelativo (o que é que distingue uma coisa da outra? Qual é o conceito de qualidade?). Há um crítico do Público que diz que este filme não deve ser elevado à profundidade de
Pulp Fiction, e a melhor razão para desconsiderar essa mesma crítica é que foi escrita por alguém que achou o filme profundo quando o próprio título do filme diz que não há profundidade alí... Já está grande demais não está?
Cada vez mais me irrita mais a desconsideração artística pela ciência... fica para a próxima.
Queens Of The Stone Age - God